Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

domingo, 25 de novembro de 2012

Morgana fala...


                                       Morgana fala...

Em vida, chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. O mundo das fadas afasta-se cada vez mais daquele em que cristo predomina. Nada tenho contra o Cristo, apenas contra os seus sacerdotes, que chama a Grande Deusa de demônio e negam o seu poder no mundo. Alegam que, no máximo, esse seu poder foi o de Satã. Ou vestem-na com o manto azul da Senhora de Nazaré – que realmente foi poderosa, ao seu modo –, que, dizem, foi sempre virgem. Mas o que pode uma virgem saber das mágoas e labutas da humanidade?

E agora que este mundo está mudado e Arthur – meu irmão, meu amante, rei que foi e rei que será – está morto (o povo diz que ele dorme) na ilha sagrada de Avalon, é preciso contar as coisas antes que os sacerdotes do Cristo Branco espalhem por toda parte os seus santos e lendas.

Pois, como disse, o próprio mundo mudou.

Houve tempo em que um viajante se tivesse disposição e conhecesse apenas uns poucos segredos, poderia levar sua barca para fora, penetrar no mar do Verão e chegar não ao Glastonbury dos monges, mas à ilha sagrada de Avalon: isso porque, em tal época, os portões entre os mundos vagavam nas brumas, e estavam abertos, um após o outro, ao capricho e desejo dos viajantes. Esse é o grande segredo, conhecido de todos os homens cultos de nossa época: pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca, novo a cada dia.

E agora os padres, acreditando que isso interfere no poder do seu Deus, que criou o mundo de uma vez por todas, para ser imutável, fecharam os portões (que nunca foram portões, exceto na mente dos homens), e os caminhos só levam à ilha dos padres, que eles protegeram com o som dos sinos de suas igrejas, afastando todos os pensamentos de um outro mundo que viva nas trevas. 


Na verdade, dizem eles, se aquele mundo algum dia existiu, era propriedade de Satã, e a porta do inferno, se não o próprio inferno. Não sei o que o Deus deles pode ter criado ou não. Apesar das historias contadas, nunca soube muito sobre seus padres e jamais usei o negro de uma de suas monjas-escravas. Se os cortesãos de Arthur em Camelot fizeram de mim este juízo, quando fui lá (pois sempre usei as roupas negras da Grande Mãe em seu disfarce de maga), não os desiludi.

E na verdade, ao final do reinado de Arthur, teria sido perigoso agir assim, e inclinei a cabeça à conveniência, como nunca teria feito a minha grande Senhora, Viviane, Senhora do Lago, que depois de mim foi a maior amiga de Arthur, para se transformar mais tarde em sua maior inimiga, também depois de mim.

A luta, porém, terminou. Pude finalmente saudar Arthur, em sua agonia, não como meu inimigo e o inimigo de minha Deusa, mas apenas como meu irmão, e como um homem que ia morrer e precisava da ajuda da mãe, para a qual todos os homens finalmente se voltam. Até mesmo os sacerdotes sabem disso, com sua Maria sempre-virgem em seu manto azul, pois ela, na hora da morte, também se transforma na Mãe do Mundo.

E assim, Arthur jazia enfim com a cabeça em meu colo, vendo-me não como irmã, amante ou inimiga, mas apenas como maga, sacerdotisa, Senhora do Lago; descansou, portanto no peito da Grande Mãe, de onde nasceu, e para quem, como todos os homens, tem a finalidade de voltar. E talvez – enquanto eu guiava a barca que o levava, desta vez não para a ilha dos padres, mas para a verdadeira ilha sagrada no mundo das trevas que fica além do nosso, para a ilha de Avalon, aonde, agora, poucos, além de mim, poderiam ir – ele estivesse arrependido da inimizade surgida entre nós.(...)

A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e Inferno e danação...Mas talvez eu seja injusta com eles. Até mesmo a Senhora do Lago, que odiava a batina do padre tanto quanto teria odiado a serpente venenosa, e com boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles.

“Todos os deuses são um deus”, disse ela, então como já dissera muitas vezes antes, e como eu repeti para as minhas noviças inúmeras vezes, e como toda sacerdotisa, depois de mim, há de dizer novamente, “e todas as deusas são uma deusa, e há apenas um iniciador. E cada homem a sua verdade, e Deus com ela”.

Assim, talvez a verdade se situe em algum ponto entre o caminho para Glastonbury, a ilha dos padres, e o caminho de Avalon, perdido para sempre nas brumas do mar do Verão.

Mas esta é a minha verdade; eu, que sou Morgana, conto-vos estas coisas, Morgana que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada.

Marion Zimmer Bradley (As Brumas de Avalon)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mãe Natureza



MÃE NATUREZA 

Eu sou a beleza da Terra Verde 

A Lua Branca entre as Estrelas, 

O mistério das águas 

E a virtude dos corações Humanos... 

Chamo sua alma: Levante-se e venha 

Pois eu sou a alma da Natureza 

Que dá a Vida ao Universo 

De mim todas as coisas procedem 

e para mim todas as coisas devem retornar...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Deusa Flidais



                                                FLIDIAS ou FLIDAIS 

Flidias é a Deusa celta da Sensualidade e Senhora das Florestas.


 Ela reúne os atributos da deusa Àrtemis com a sensualidade de Afrodite.Como Senhora das Florestas, ela cuida de todas as coisas silvestres e indomáveis da natureza e está associada ao Homem Verde. 

Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosque se árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, ele é a tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore.Mas Flidais também está associada aos animais, em especial ao gado e muitas vezes surge conduzindo uma carruagem puxada por oito cervos e chamava todos os animais da floresta de"seu gado". 

As acepções simbólicas do cervo (gamo) são numerosas, sendo a mais notável, a que o associa a Árvore do Mundo. Por seus chifres longos, que se renovam periodicamente, é comparado à Árvore da Vida. Assim, simboliza a fecundidade (à qual o ardor sexual não é estranho) e os ritmos do crescimento e renascimento. Um dos símbolos desta deusa é a corça,que está intimamente ligada com o feminino. 

Na mitologia grega ela era consagrada a Ártemis, que a caçava ou a usava para puxar sua biga. A beleza da corça vem do brilho extraordinário de seus olhos e este olhar é comparado muitas vezes ao de uma jovem. Além de sua graça e beleza, a corça simboliza a virgindade e pureza. 

Flidias tinha como símbolos também, a grama verde, as árvores e as nascentes das terras das florestas. Flidias era descrita como uma mulher altiva, forte e muito bela que apresentava cabelos dourados. O dourado não apenas define seu esplendor, mas também faz a consciência despertar. 

O domínio do consciente em Flidias não é espiritual e sim terreno, uma exaltação da mais alta pureza, que reluz como ouro. A deusa exemplifica os aspectos da natureza feminina que se manifestam na matéria.

 Beleza física, consciência integrada no corpo e capacidade de conectar emoções profundamente sentidas com relacionamentos. Todos estes atributos, como já dissemos, provém da associação de Flidias com as deusas Àrtemis e Afrodite. Flidias possuía uma vaca mágica cujo leite era capaz de alimentar diariamente centenas de guerreiros. 

A vaca mágica da deusa, como o resto dos animais de Outro Mundo na tradição irlandesa, possuía a pelagem totalmente branca, exceção feitas às orelhas, que eram da cor vermelha. 

Muito embora, não se têm conhecimento de quem seja o pai, Flidais teve três filhas: Bé Téite(Mulher Luxuriosa), Bé Chuille, a Senhora do Mundo Selvagem e também uma druidesa, e ainda, Fland, .

 Alguns autores relatam que Fland vivia sob as águas e seduzia os homens, levando-os para seu reino escuro e frio.

ARQUÉTIPO DA SENSUALIDADE  

Flidias, como deusa do amor e da sensualidade, apresenta um aspecto mutante e transformativo do feminino. Lendas nos contam, que realmente ela podia mudar de forma e transformar-se no que quisesse. E, quando seu arquétipo é ativado em nós, também vemos o mundo e nós mesmos sob uma luz diferente. Fluidos criativos são estimulados, e as fronteira sou limites racionais são impelidos para o domínio do irracional, digamos, quase animal.

 Novas atitudes precedem certo excitamento, e a própria vida adquire novo significado Mudanças bem-vindas prosseguem de mãos dadas com atitude criativa da assunção de riscos.A mulher que vem conhecer a Deusa das Florestas cresce na compreensão do aspecto divino de sua natureza feminina.

 Ela é guiada por suas mais profundas necessidades, por idéias e atitudes que vêm de dentro. Ela não será contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Isto acontece, porque Flidias é a floresta virgem, que é livre e espontânea, grávida de vida, de acordo com as leis da natureza. É intocada pelas leis dos homens.

A mulher que tem consciência desta deusa, cuida de sua alimentação, faz exercícios e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Mas não se trata aqui de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina.

 Sua beleza viva deriva da relação que tem consigo mesma. Esta mulher é virginal, mas isso nada tem a ver com um estado físico, mas com uma atitude interior. Ela não é dependente das reações dos outros para definir seu próprio ser. 

A mulher virginal não é apenas o reverso do homem, seja ele pai, amante, ou marido. Ela mantém-se em pé de igualdade em relação aos seus direitos. Não é governada por idéia abstrata do que ela"deveria" ser ou "do que as pessoas vão pensar". Ela é verdadeira para com sua natureza e seu instinto.

ARQUÉTIPO DA NATUREZA

Flidais, como arquétipo da natureza, nos ensina que é a união que completa o ciclo. Assim como a semente é plantada na Primavera, cresce no Verão, e se faz a colheita no Outono,cada geração desova as sementes para a próxima geração. Devemos prestar muita atenção no plantio de nossas sementes, para que possamos ser recompensados com uma colheita generosa.

A tecnologia já nos trouxe muito conforto e nos mostrou muitas coisas no sentido científico,mas agora è tempo de nos voltarmos para a humanidade e para a conservação do planeta,incluindo seu relacionamento com o divino. 

Hoje, a ciência e a espiritualidade estão começando a integrar-se como um todo.Nosso relacionamento com a natureza é o coração da nova integração encontrada pela ciência e espiritualidade. 

Pessoas e árvores já não podem ser mais cortadas para atender às necessidades da tecnologia e das corporações, em busca do progresso científico. Já é hora de trabalharmos em cooperação com cada um e com a natureza.

Flidais tem muita magia e gosta de pós e poções com gliter.

Quando invocá-la use incenso de ervas e deixe um copo com água ao lado. Peça-lhe socorro nas direções, peça-lhe que lhe ensine a ser bela e sensual. Quando precisar buscar algo, seja um emprego ou um amor ou até uma idéia para um feitiço, assim como metas e proteção.

"Linda Flidais, senhora das Florestas, vinde ao meu encontro, chega perto de mim. Pegue minha mão e guie meus caminhos, cura-me com ervas, remove meus espinhos. Senhora Flidais, afasta aqueles que me querem mau, me ensina a pular as pedras, acender a fogueira que da luz, o amor divino e faz-me bela (belo) como vós. "

Para cura de animais, invoque sempre Flidais. Ela virá em consolo, trará o auxílio, guiará os espíritos. Peça sempre a Flidais que todas as questões com animais ela irá solucionar.

sábado, 6 de outubro de 2012

Os Bosques Sagrados - Nemetons

                                           

                                        Os Bosques Sagrados - Nemetons

Os bosques protagonizam inúmeras lendas, no princípio dos tempos serviram de templos sagrados para os rituais aos seres espirituais que ali habitavam.


 Estes bosques foram às origens da crença em bruxas, fadas, gnomos, ainda hoje, Países da Europa mantém as tradições mais puras, acreditando que a alma da árvore se ergue imponente em direção ao céu, fertiliza a terra e conecta os mortais com os espíritos.

Os Antigos Celtas cultuavam as árvores como verdadeiras deidades e muitos bosques eram considerados locais sagrados, onde seres divinos habitavam.


Para esta antiga civilização, as árvores eram o símbolo primordial da vida. Reza uma antiga lenda celta que o primeiro homem fora criado de um amieiro e a primeira mulher de uma sorveira.


Mas as árvores também eram um símbolo de morte e renascimento. Muitas transmitiam este poder quando, nos meses do Outono e do Inverno, perdiam suas folhas. 
A capacidade de brotar, florir e frutificar novamente, era visto com admiração e sacracidade.


Em certas regiões, caixões de madeiras eram feitos de troncos ocos.

 Diziam que o espirito daquela árvore podia guiar o morto ao outro mundo.

Os espiritos das árvores eram tão reverenciados, que os celtas acreditavam que plantando um broto, semente, ou estaca, no mesmo local onde a árvore mãe havia secado, alí permaneceria o espirito guardião da árvore.

Os celtas não tinham templos como outros povos europeus da época e eram nos bosques sagrados que os ritos e cerimônias eram realizados.
 Para eles, alí, em contato direto com a natureza e os espíritos das árvores e das florestas, é que podiam entrar em contato com o divino universal.

Os bosques eram a morada de seres encantados, fadas e outros elementais, por isso, deviam ser respeitados e temidos. Alguns locais, porém, deveriam ser evitados, pois eram lares de energias obscuras, onde somente alguns druídas, bardos e anciãos podiam entrar. Normalmente, eram lugares onde cresciam espinheiros, e os elementais do local podiam enfurecer-se voltando-se contra os intrusos.

Haviam também, nos bosques, os poços sagrados e, geralmente, quando necessitavam da água, os celtas amarravam uma oferenda na árvore mais próxima ao poço a fim de reverenciar o espírito guardião e os seres que alí estavam.


A palavra celta para bosque sagrado era "Nemeton", e os bosques de carvalhos eram, geralmente, os escolhidos para as reuniões e assembléias druídicas.

 A própria palavra druida sugere que o nome seja uma derivante de drus (carvalho) e seu significado seja "aquele que tem o conhecimento do carvalho". 

O bosques de carvalho seriam, portanto, os locais mais indicados na busca pela sabedoria.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cruz de Odin ou ( Cruz Solar )


                                                         Cruz de Odin ou ( Cruz Solar )

A cruz solar é provavelmente o símbolo espiritual o mais antigo no mundo, aparecendo na arte religiosa asiática, americana, européia, e indiana.


Representa o calendário solar e seus movimentos, marcados pelos solstícios (a swastika é também um formulário da cruz solar, enfatizando o movimento.)

Norte da Europa esta cruz é conhecida como a cruz de Odin e de Wodan.

 É freqüentemente usada como um emblema dos Asatrus (Religião que cultua o Panteão Aesir, de deuses nórdicos).

No budismo ela é conhecida como a roda da Vida, a roda de Samsara, (perambulação) que determina o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos.

Nos Arcanos Maiores do Tarot, a carta número 10 também encontra analogias neste símbolo, sendo que como um símbolo solar o número 10 na Kaballa possui a guematria da Letra YOD

Muitos a conhecem também por "Chalice Well", devido à História do Rei Arthur, que achava que o poço do Santo Graal tinha essa imagem no fundo. 


Para os celtas o círculo significa o infinito e a cruz, ao se estender para os lados, simboliza os Quatro Grandes Festivais Celtas: Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnasadh.



sexta-feira, 27 de julho de 2012

JORNADA À AVALON

                   
                         JORNADA À AVALON


Procure um lugar sossegado em sua casa, onde não possa ser interrompida(o). Acenda um incenso e coloque uma música suave de fundo. Sente-se com a coluna ereta e coloque a sua frente uma caneta e papel.

Agora feche os olhos e expire e inspire profundamente, tentando esvaziar a sua mente. Comece então a balançar o corpo da direita para esquerda lentamente. Você agora perceberá que está dentro de um pequeno barco.
O barco balança para trás e para frente. Faça o mesmo jogo com seu corpo. A sensação será bem agradável, de relaxamento total.

Você olhará para cima e só verá a bruma, que irá se dissipar aos poucos. Erga os braços e visualize uma luz branca direcionar-se do céu para baixo, que entrará por cima de sua cabeça e iluminará todo o corpo. Neste momento notará que a bruma desapareceu e avistará a ilha de Avalon.
O barco chegará à margem e você deve desembarcar. Morgana lhe dará as Boas-Vindas.

Ela perguntará o que você deseja e terá então o direito de lhe fazer duas perguntas. Ela tomará a sua mão e a(o) conduzirá até seu caldeirão mágico disposto no centro de um círculo de macieiras. Morgana pegará sua varinha mágica e agitará a água do caldeirão.

Quando a água se aquietar, você verá na superfície as respostas de suas perguntas. Você deverá então, agradecer sua ajuda e provavelmente ela lhe peça uma oferenda, que você ofertará de coração aberto. Ela lhe conduzirá de volta ao seu barco e você parte.

Agora respire fundo novamente por três vezes e abra os olhos bem devagar. É hora de anotar tudo o que você viu no caldeirão de Morgana e refletir.

domingo, 22 de julho de 2012

A Deusa Celta geminiana: MAEVE (deusa da guerra e da caça)



Conta a lenda que Maeve era uma deusa irlandesa, muito sedutora, instigante, que corria com os cavalos, conversava com os pássaros e despertava muito desejo nos homens do vilarejo.

Ela era rainha de Connacht, simboliza o poder feminino, mas também desperta o gêmeo selvagem que possuímos. Essa deusa reforça nosso espírito ágil, inovador e audaz.

"Intoxicante" é o significado do nome MAEVE, pois ela com seu deslumbre, sua beleza, seu poder pessoal, enebria os homens. Com uma sexualidade intensa, coragem, determinação e fertilidade, MAEVE é uma Deusa completa, pois sabe ser guerreira, feminina e mãe (o mito conta que ela tem diversos filhos, assim como diversos maridos e amantes).

sábado, 7 de julho de 2012

Glastonbury: A Lendária Avalon



                       Glastonbury: A Lendária Avalon

As lendas que envolvem Glastonbury, uns dos lugares mais sagrados da Inglaterra, atraem uma multidão de visitantes e peregrinos.


 O rei Arthur teria sido mesmo enterrado no chão da abadia? Estará realmente o Santo Graal escondido em Chalice Well? 

Será que aquela estranha espiral era o caminho para Glastonbury Tor?

Elevando-se acima das planícies de Somerset Levels, Glastonbury Tor, em cujo cimo se ergue a torre de uma igreja em ruínas, constitui um marco inigualável de um dos lugares mais misteriosos da Inglaterra. 


E isto porque Glastonbury, local de uma primitiva povoação cristã, está imersa em abundante riqueza de tradições e lendas, mito e romance. 

Esta pequena e animada povoação atrai visitantes de todos os gêneros: românticos fascinados pela lenda do rei Arthur, peregrinos à procura da herança da antiga cristandade, místicos em busca do Santo Graal, enquanto os astrólogos são seduzidos pelos rumores da existência de um zodíaco na paisagem.


Glastonbury não era mais do que uma ilha rodeada de pântanos quando os primeiros cristãos ali se estabeleceram. 


A primeira data digna de menção é de cerca de 705 d.C. quando o rei Ine fundou aqui um mosteiro que viria converter-se numa casa beneditina no século X. escavações arqueológicas trouxeram à luz restos de primitivas construções feitas de vime e de barro, enquanto dos muitos edifícios de pedra construídos ao longo dos séculos apenas resta o contorno. 

Muitos são, no entanto, os restos da abadia principal construída nos séculos XIII e XIV e que se caracterizava por um universo místico próprio.

Lady Chapel, a abadia do século XII, ergue-se no local de uma antiga igreja destruída por um incêndio em 1184 d.C. Tratava-se da "Igreja Velha" que, segundo a tradição, foi construída por José de Arimatéia, o homem que carregou o corpo de Jesus para o túmulo. 


A lenda conta que José de Arimatéia emigrou depois para Glastonbury, onde edificou uma igreja.

 Outra lenda narra a forma como ele chegou até o barco, até Weryall Hill e se inclinou sobre o bastão em atitude de oração. 

O bastão teria então criado raízes e dele teria nascido uma espécie de espinheiro, o Glastonbury Thorn, que ainda hoje floresce na Páscoa e no Natal na abadia, em frente a igreja de São João.

Foi o rei Arthur enterrado em Glastonbury?





O maior mistério de Glastonbury é, sem dúvida, saber se o rei Arthur está ou não enterrado na abadia.

 Apesar dos frades afirmarem ter encontrado os restos mortais do rei e da sua mulher Guinevere em 1190, existem ainda muitas dúvidas quanto a veracidade da história; recentes descobertas parecem demonstrar que o corpo terá sido enterrado perto de Bridgend, no sul do País de Gales. 

Depois da ultima batalha da Arthur, em Calann, local que nunca foi identificado, o rei moribundo terá sido levado para a misteriosa ilha de Avalon. 

Ordenou então a Sir Bedivere que se desfizesse da sua poderosa espada Excalibur, mas, quando aquele cavaleiro a arremessou ao lago, uma mão que saiu da água conseguiu agarra-la.

 Onde é que este estranho acontecimento terá tido lugar?

 A resposta mais popular identifica-o como o charco de Pomparles Bridge, perto de Glastonbury, drenado posteriormente.

A sepultura, no chão da abadia, foi descoberta depois de o segredo do local ter sido revelado por um trovador galês ao rei Henrique II. 


O rei informou então o abade de Glastonbury, e é possível que, aquando da reconstrução da abadia depois do incêndio de 1184 d.C., os frades o tivessem lançado à procura do túmulo.

 A cerca de 2m de profundidade encontraram uma pedra achatada com uma cruz gravada e a inscrição seguinte: hic iacet sepultos inclitus rex arturius in insula avalonia – "Aqui jaz o famosos rei Arthur na ilha de Avalon". A cerca de 2,7m abaixo da pedra encontrava-se um caixão feito de um cepo escavado contendo as ossada de um homem de 2,04m com o crânio danificado, assim como outras de tamanho inferior, identificadas como sendo de Guinevere, por uma punhado de cabelo loiro que estava junto.

O Dr. Ralegh Radford, arqueólogo britânico, confirmou, em 1962, que se tinha realmente encontrado um caixão, mais que não havia forma de se saber a quem pertencia. 


O local assinalado no chão da abadia como sendo o túmulo do rei Arthur é de fato o local onde os ossos voltaram a ser enterrados em 1278, num túmulo de mármore preto, à frete do altor-mor. 

O túmulo original não está assinalado mas fica a 15m da porta de Lady Chapel, voltada ao sul.

A lenda do outeiro

O rei Arthur está muito ligado a Glastonbury, como revela um conto muito anterior à anunciada descoberta de seu túmulo. Melwas, rei de Somerset, raptou Guinevere e manteve-a prisioneira em Glastonbury. 


Arthur, depois de reunir um grupo de homens, foi com eles até a fortaleza do rei para libertar Guinevere que, segundo pensavam, estaria no outeiro. 

O abade, no entanto, conseguiu que as partes chegassem a um acordo antes da luta começar.

Em 1960, durante as escavações, foram encontradas as ruínas de primitivas construções de madeira em cimo dos 150m do outeiro, mas não se conseguiu apurar se se tratava do palácio real ou de alguma construção monástica.


 Quem habitou ali dispunha, no entanto, de boas instalações: entre os achados contam-se fornos de fundição de metal, ossos de animais – de vacas, carneiros e porcos – e peças de cerâmica, sugerindo que se bebia vinho do Mediterrâneo.

Durante a era medieval os monges de Glastonbury edificaram no cimo do outeiro uma igreja dedicada à S. Miguel Arcanjo que foi destruída por um terremoto. 


A torre que se conserva hoje é tudo o que resta de uma outra construída posteriormente em uma submissão da primitiva.

 Os monges teriam a intenção de cristianizar o outeiro pagão.

 Segundo a lenda, tratava-se da entrada para Annwn, um reino secreto do submundo, cujo senhor era Gwyn ap Nudd, rei das Fadas.

 Quando, no século VI, St. Collen visitou Gwyn ap Nudd no outeiro, entrou por uma passagem secreta e encontrou-se de repente no meio do palácio.

Submetido a tentações,espalhou água benta à sua volta: o palácio desapareceu e St. Collen encontrou-se sozinho no outeiro.

O Vaso Sagrado

No sopé do outeiro existe uma nascente cujo cantar lembra o pulsar do coração. 


Essa nascente é também chamada Fonte de Sangue, por as suas águas serem daquela cor devido ao óxido de ferro, embora a sua mais famosa designação seja a de Vaso Sagrado, uma vez que a tradição dá como certo ser ali que se esconde o Santo Graal.

 Esta "taça" lendária, o cálice utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia, teria sido trazida para a Inglaterra por José de Arimatéia. 

Dizia-se que o Graal tinha enormes poderes e, depois de ter desaparecido, foi procurado em vão por inúmeros cavaleiros da Távola Redonda.

As lendas de Glastonbury poderão ter um fundo de verdade, mas o fato é que elas envolveram a região numa aura de mistério.

No século XII, o historiador Guilherme de Malmesbury escreveu, referindo-se à Abadia de Glastonbury, que "ela transmitia, desde a sua fundação, qualquer coisa de sagrado e de celestial que se espalhava por toda a região…" Apesar das opiniões discordantes e dos estudos contemporâneos, o Glastonbury é ainda, usando as palavras de Malmesbury, um santuário da Terra.




sábado, 30 de junho de 2012

A Lendária Excalibur


A lendária Excalibur, a espada do Rei Artur, dita que poderia cortar aço e dotada de poderes místicos. 

Em galês, é conhecida como Caledfwlch.

 Segundo o poema Merlin, de Robert de Boron, a Excalibur é a espada da lenda da Espada na Pedra, na qual uma misteriosa espada apareceu transpassada em uma pedra e apenas o rei de toda Britannia por direito, poderia retirá-la.


Já no épico Suite du Merlin, Excalibur foi entregue ao Rei Artur pela Dama do Lago, quando sua espada original foi destruída em uma batalha contra o Rei Pellinore.

Quinze anos depois do nascimento de Arthur (que era filho da união ilegítima entre Pendragón e Igraine, então esposa do Duque de Tintagel), o rei Uther morreu sem ter dado ao reino um herdeiro, e os feudais começaram uma disputa entre si para a obtenção do Trono.


 Merlin, então, solicitou ao bispo que interviesse junto aos feudais para uma trégua e para a convocação de um torneio nas proximidades do Templo.

Todos concordaram e, ao chegar ao local, depararam-se com uma pedra branca que continha uma placa de metal, da qual sobressaía uma fascinante Espada. 

Ao pé, uma inscrição dizia que aquele que pudesse retirar a Espada seria o próximo rei da Grã-Bretanha. 

Todos os nobres tentaram, mas sem êxito, e assim foram preparar-se para o torneio.

Arthur, que era um adolescente, havia concorrido com Kay e Sir Hector. 


Kay esqueceu sua espada na tenda. Arthur foi buscar a espada para Kay e não a encontrou.

 No regresso, viu a Espada encravada na pedra e sem ler a inscrição, retirou-a e a levou para Kay.

Sir Hector, conhecendo a procedência de Arthur, ordenou que a Espada fosse colocada de novo na pedra e pediu a Kay que a retirasse. 

Ele não conseguiu. Em seguida, fez o mesmo pedido a Arthur, que voltou a retirá-la sem nenhum esforço. 

Assim, Sir Hector comunicou que Arthur era o filho legítimo do rei Uther e em consequência seu sucessor e, junto à Kay, ajoelhou-se e jurou ser seu leal vassalo.

Os senhores feudais tinham dúvidas. Alguns aceitaram, outros não. 


Arthur, confuso, pediu conselhos a Merlin, e este lhe respondeu que já era um rei, mas para sê-lo realmente, deveria ganhar a confiança de seu povo por meio de suas próprias ações.

Com a ajuda do mago, Arthur conseguiu reunir todos os condados em um só reino, e durante uma das campanhas, conheceu a mulher que iria assumir um relevante papel no desenlace do relato: Guinevere.

A lâmina de metal que surgiu da Espada indica o material, enquanto a Espada indica o espiritual, atuando sobre a matéria.

 A matéria é o próprio indivíduo - Arthur - que recebe o Verbo como precioso dom, pois é puro (a pedra branca). 


A submissão de Sir Hector e de Kay representam a nobreza e o amor que acompanham toda a evolução espiritual. 

As posições antagônicas dos senhores indicam o conflito interno de Arthur: ser ou não ser.

 O conflito entre o ser pagão e o ser cristão. 

Por isso, Merlin o aconselhou colocar-se à prova; e já tinha sua arma: a Palavra de Deus, que de seu bom emprego dependeria seu sucesso, o exercício real do seu cargo .

Camelot


Camelot era o reino do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Ele foi criado depois que Arthur conseguiu expulsar os saxões de sua terra, ganhando com isso a aliança dos inimigos.

 Antes, Arthur morava no Castelo de Tintagel, onde era a base de seu reino. Em Camelot, Arthur construiu a sala da Távola Redonda e foi aí que começou a ser criada a ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda (que eram todos os homens feitos por Arthur). 

O local era em cima de uma montanha, rodeado por um lago e muito fortificado visto que a altura facilitava a visão da guarda. Foi ali que Arthur conseguiu a felicidade e a calmaria.

Camelot seria o reino onde Arthur estabelecera sua corte, mas onde ficava Camelot e de onde teria surgido este nome?

Supõe-se que o nome Camelot, referindo-se à suposta capital de Arthur, tenha sido dado pela primeira vez, no século XII, pelo romancista francês Chrétien de Troyes. Não há nenhuma garantia histórica sobre a existência de tal capital e essa idéia só entra na história depois que o general Arthur se transformou mitologicamente na figura do rei. 

Acredita-se que Camelot seja uma corruptela francesa para Camalodunum, nome romano de Colchester. Em 1542, um antiquário chamado John Leland visitou a colina de Cadbury, em Somerset, que os habitantes chamavam de Palácio de Arthur, e ficou realmente convencido de que lá ficava a Camelot de Arthur, o que levou a chamá-la de Camelot e interpretar erroneamente o nome da vila vizinha de Queen’s Camel, dizendo que originalmente poderia Ter-se chamado Queen’s Camellat. 

Essa associação infeliz ocultou as pretensões de Cadbury ser a verdadeira fortaleza de Arthur.
Cadbury, próxima a Glastonbury, é um monte de 75 metros de altura cujo topo se estende por 8 hectares. O monte é cercado por quatro elevações, uma acima da outra, remanescentes de antigas obras de defesa.

Em 1960, provou-se que o local foi habitado entre 500 e 400 a.C.; que os romanos a encontraram ocupada, massacraram alguns de seus habitantes e removeram o restante para o nível do solo; e que mais tarde desmantelaram o forte e aplainaram o topo da colina.

 Outro estágio das escavações arqueológicas revelou que a colina havia sido fortificada em 470 d.C., fato provado pela presença, nos muros e pilares, de fragmentos de cerâmica do estilo Tintagel do século V.

Os locais foram sugeridos para a capital de Arthur, como Caerlon-on-Usk, no País de Gales, mostrado nos textos de Godofredo de Monmouth.

 O patrono de William Caxton, que editou a versão de Malory da lenda de Arthur, afirmava que existia uma cidade de Camelot, no País de Gales, que parecem ser os remanescentes romanos de Caerleon. Já Malory identificava Camelot como sendo a atual Winchester. 


No entanto, parece que as maiores evidências são para a Colina de Cadbury como a fortaleça de Arthur, já que esta servia perfeitamente como quartel-general para alguém que estivesse lutando no sudoeste da Inglaterra, em uma batalha travada no perímetro da planície de Salisbury.

domingo, 10 de junho de 2012

Benção Celta


 
                                                
     BENÇÃO CELTA

No dia que o peso apoderar-se dos teus ombros, e tropeçares, que a argila dance, para equilibrar-te!

E, quando teus olhos congelarem, por trás da janela cinzenta,
E o fantasma da perda chegar a ti...
Que um bando de cores, índigo, vermelho, verde
E azul celeste, venha despertar em ti,
Uma brisa de alegria.

Quando a vela se apagar no barquinho do pensamento,
e uma sensação de escuro estiver sobre ti,
que surja para ti, uma trilha de luar amarelo,
para levar-te a salvo pra casa.

Que o alimento da terra seja teu!
Que a claridade da luz te ilumine!
Que a fluidez do oceano te inunde!
Que a protecção dos antepassados,
esteja com você!

E assim...
que um vento teça essas palavras de amor á tua volta,
num invisível manto, para zelar por tua vida, onde estiveres.

Que assim seja!!
E assim se faça.

sábado, 19 de maio de 2012

Os celtas


Os celtas provavelmente se originaram na região sudoeste da Alemanha, leste do Reno, no fim do período de Bronze I (2.500 a 1.900 a.C.) 

Espalhou por grande parte da Europa entre os séculos VI a.C. ao século I a.C., atingindo o maior poderio do século VI a.C. ao século III a.C. 

Não são conhecidos documentos da literatura céltica, mas fontes irlandesas e galesas posteriores revelam muito da sociedade e do mundo de vida dos celtas.

 Povo fundamentalmente agrícola, com artesanato desenvolvido, em alguns lugares se dedicava à fundição de ferro e agrupava-se em pequenas povoações. 

Sua unidade social, baseada no parentesco, era dividida entre uma nobreza guerreira e uma classe de agricultores. Da nobreza, recrutavam-se os sacerdotes e os Druidas, que ficavam acima de todos. 

A céltica mistura figuras humanas estilizadas com desenhos abstratos de arabescos e espirais. A influência linguística celta permanece no gaélico (Irlanda, Escócia e ilha de Man) e no galês.

 A influência dos celtas declinou durante o século I a.C. devido à expanção do Império Romano e às incursões de povos germânicos.

sábado, 28 de abril de 2012

Música Celta



                                   
                                                     Música celta

Para os celtas a música era algo de inspiração divina. Era uma manifestação do Outro Mundo, ou melhor, do Mundo dos Deuses.


As canções tinham tanta importância para os celtas que geralmente os músicos eram da classe sacerdotal druida.

Totalmente ligada à religião dos druidas, talvez a forma artística mais ligada ao cunho religioso, a música além de promover e muito a cultura celta ela beneficiou sua mitologia, história e os historiadores.

Pois é destas musicas que se tiram várias conclusões do modo de vida, de agir e de pensar dos celtas e principalmente alguns fatos históricos.

Mas a chegada da cristandade fez com que muito dessa musica se perdesse ou tomasse rumos que não fossem peculiar ou de preferência celta.

Por considerarem a música algo divino, nada mais provável do que usar nessas cantigas e canções, temas que sejam tão divinos quanto à música.

Como os celtas tornavam tudo que tinham ligado a sua religião, muitos temas poderiam ser encontrados, mas a Natureza, os mitos, as batalhas, os contos de amor eram os mais freqüentes.

                           Os Temas

1. Natureza - Era uma das coisas mais adoradas e respeitadas pelos celtas. Por tirarem dela tudo que necessitavam e viverem nela e dela, a natureza esteve sempre presente na maioria das canções celtas.
Eram músicas geralmente calmas que mostravam a gratidão que o povo sentia por tudo o que a natureza lhes representava.

Os sons emitidos pelos instrumentos eram uma imitação dos sons que a natureza fazia seja numa ventania, num bater das ondas, farfalhar das folhas, ruídos de animais, tudo era sagrado e deveria ser transcrito para a música.

2. Mitos - A mitologia também estava muito presente. Por sempre falar de seus deuses em seus mitos os celtas os consideravam sagrados, por mais que não os documentassem.

Refletidos nas músicas os mitos sempre eram ou mencionados ou realmente declamados.

Dependendo da história do conto as notas variavam.

Se a narrativa envolvia uma história de amor ou de peregrinação a canção era calma e lenta.

No caso dos mitos transcritos nas músicas serem compostos de batalhas e lutas estes tinham um som mais forte.

3. Batalhas - Alguns druidas tinham a função de viajar por todas as tribos celtas para saber tudo o que ocorria com eles e sobre as ultimas batalhas ocorridas.

Das batalhas eles tiravam inspiração para muitas de suas músicas.

Sejam lamentando a perda de algum líder da tribo e seu exercito ou comemorando a vitória.

Seguiam a mesma linha de ritmos que com os mitos.

E geralmente a conseqüência dessas músicas era de uma batalha muito importante que algum herói se destacou pela sua forma de luta, morte honrosa ou por trazer a vitória se tornar um Deus e assim a batalha virar mais um mito.

4. Contos de Amor - Estes eram semelhantes às batalhas, sempre tendiam a se tornar mitos depois de transcritos nas músicas culturais.


Por terem muita criatividade e crerem em magia, os celtas davam mais emoção e drama a alguns contos.
Colocavam no meio a mão de algum deus ou deusa que represente o amor, ou mesmo fazia dos personagens uma reencarnação de tais deuses, que colocavam grandes coisas em risco pelo amor que sentiam.










sexta-feira, 27 de abril de 2012

Natureza



“A natureza era a companhia do homem primitivo.

Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava.

As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.

A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.

Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra.

E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.“

domingo, 22 de abril de 2012

Reencarnação


                
                           REENCARNAÇÃO




A crença celta na reencarnação estava implícita em sua despreocupada atitude perante a morte, o que constituía um ensinamento druida.


 Os celtas asseguravam com firmeza que a 
morte era uma simples pausa de uma longa vida e, conseqüentemente, lhe tinham muito pouco temor, segundo o testemunho de César: "As almas não morrem, mas passam, depois da morte física, de um corpo a outro; e essa crença de morte da alma, assim como o próprio temor à morte, estão, por eles mesmos, descartados, o que, asseguram, é o maior incentivo para infundir valor". 


A doutrina celta da reencarnação está bem descrita por Taliesin, o poeta–guerreiro, na Batalha dos Arboles. O mesmo assegurava ter vivido muitas e variadas vidas, seja como humano, seja como animal, e ter presenciado a maioria dos grandes acontecimentos da história da Irlanda.


 Assim declara:


Eu tive muitos corpos
Antes de conseguir uma forma agradável
Eu fui uma gota no ar
Eu fui uma estrela brilhante
Eu fui uma ponte para transpor
rio de três leitos
Eu viajei como uma águia
Eu fui um barco no mar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Influências dos dias da semana


Governantes Planetários e as influências dos dias da semana 


DOMINGO: (governado pelo Sol) é o dia da semana apropria­do para realizar encantamentos e rituais que envol­vam o exorcismo, a cura e a prosperidade. Cores. laranja, branco, amarelo. Incenso: limão, olíbano.

SEGUNDA-FEIRA: (governado pela Lua) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a agricultura, os animais, a fertilidade fe­minina, as mensagens, as reconciliações, os roubos e as viagens. Cores: prata, branco, cinza. Incenso: vio-leta-africana, madressilva, murta, salgueiro, absinto.

TERÇA-FEIRA: (governado por Marte) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a coragem, a força física, a vingança, as honras militares, a cirurgia e a quebra de encanta­mentos negativos. Cores: vermelho, laranja. Incenso: sangue-de-drago.

QUARTA-FEIRA: (governado por Mercúrio) é o dia da sema­na apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a comunicação, a divinação, a escrita, o conhecimento e as transações de negócios. Cores: amarelo, cinza, violeta e todas as nuanças opales-centes. Incenso: jasmim, lavanda, ervilha-de-cheiro.

QUINTA-FEIRA: (governado por Júpiter) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam sorte, felicidade, saúde, assuntos legais, fertili­dade masculina, tesouros e riqueza. Cores: azul, púrpura, índigo. Incenso: canela,  noz-moscada, sálvia.

SEXTA-FEIRA: (governado por Vénus) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam amor, romance, casamento, assuntos sexuais, beleza física, amizades e sociedades. Cores: rosa, verde, verde-mar, verde-amarelado. Incenso: morango, sândalo, rosa, açafrão, baunilha.

SÁBADO: (governado por Saturno) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o espírito de comunicação, meditação, ataque ou defesa psíquica e localização de coisas ou pessoas desapa­recidas ou perdidas. Cores: preto, cinza, índigo. Incenso: sementes de papoula-negra, mirra.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Deusa Eostre


                    A Deusa Eostre é a Deusa honrada em Ostara.

Eostre era a Grande Deusa Mãe saxônica da Alvorada, da Luz Crescente da Primavera e do Renascimento da Vegetação.


 Era conhecida pelos nomes: Ostare, Ostara, Ostern, Eostra, Eostur, Austron e Aysos.

A Deusa Eostre pode relacionar-se com a Deusa Eros, grega, e a Deusa Aurora, romana, ambas Deusas do Amanhecer, e com Ishtar e Astarte da Babilônia, ambas deusas do amor.

Segundo a Lenda, Eostre encontrou um pássaro ferido na neve. 


Para ajudá-lo, transformou-o numa lebre mas a transformação não não ocorreu por completo e o animal permaneceu com a habilidade de colocar ovos.

 Como agradecimento por ter salvo a sua vida, a lebre decorou os ovos e levou-os como presente para a Deusa Eostre. 

A Deusa maravilhou-se com a criatividade do presente e, quis então, partilhar a sua alegria com todas as crianças do mundo. 

Criou-se assim, a tradição de se ofertar ovos decorados na Páscoa, costume que ainda hoje em dia se tem.

Os ovos são símbolos de fertilidade e vida.


 Uma tradição antiga dizia que se deveria pintar os ovos com símbolos equivalentes aos nossos desejos. 

Mas,um dos ovos deveria ser sempre enterrado, como presente para a Mãe Terra.

A Lebre da Páscoa era o animal sagrado da nossa deusa teutónica da Primavera, Eostre, a Deusa Lunar que dava fertilidade à terra e tinha cabeça de Lebre. 


A palavra inglesa para Páscoa,*Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar. 

O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera, ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março.

Mais uma vez, tal como com o Yule (Natal), a Páscoa como festividade cristã teve origem numa festividade pagã. 


A adaptação que os cristão tiveram que fazer para evitar as celebrações puramente pagãs, acabam por se refletir numa tradução dos costumes pagãos para os cristãos.

Texto parcialmente pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto e Sofia Teixeira (Morrighan),

quinta-feira, 8 de março de 2012

Saudação Celta da Aurora


Saudação Celta da Aurora

Subindo as escadas do templo natural de nossos corações,
Nós saudamos o Sol!
Bendita Luz

O seu toque cálido anima os nossos veículos de argila esculpidos pela Mãe Terra.
Nós subimos com honra e reverência saudando a aurora.

Vem, Ó Doador da Vida!
Nós lhe recebemos no centro do peito.
Nós lhe damos as boas vindas em nossas vidas.
Os nossos olhos brilham refletindo a sua beleza fulgurante.

Vem, Ó Radiante!
Enche-nos com a sua radiância natural.
A madrugada escura, ventre da sua aurora, deu passagem

Aos seus raios, filhos gloriosos da manhã.
Amigo de nossas vidas, nós lhe saudamos!
Em seu abraço luminoso nós começamos mais esse dia, sua dádiva de luz.

Em sua luz embalamos nossos filhos e netos.
E ensinamos a eles o valor de sua luz e a dádiva deste dia.

Falamos a eles do valor da vida.
E os ensinamos a dança da luz.

Vem, Ó Amigo da natureza!
Nós lhe agradecemos a dádiva deste dia.
E que ele seja próspero!

E que os nossos corações sejam luminosos e generosos.

Salve Sol! Salve, Ó Radiante!
Pai da Luz, Pai de nós todos!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Merlin



Os primeiros registros existentes onde consta Merlin (Armes Prydein, Y Gododdin) são do começo do século 10, nele consta que Merlin era um mero profeta, mas o papel dele foi evoluindo gradualmente como mago, profeta e conselheiro, ativo em todas as fases da administração do reinado do Rei Arthur. 


Ele foi aparentemente chamado ao nascer com o nome de Emrys num local chamado Caer-Fyrddin (Carmarthen). Só depois ele tornou-se conhecido como Merlin, uma versão latinizada da palavra gaulesa, Myrddin.

Merlin era o filho bastardo da Princesa Real de Dyfed. Porém, o Rei, pai da princesa, Meurig ap Maredydd ap Rhain, não é encontrado nas genealogias tradicionais deste reino e provavelmente era um sub-rei da região que limita Ceredigion.

 O pai de Merlin, é dito, era um anjo que tinha visitado a Princesa Real e tinha a deixado com a criança. Os inimigos de Merlin diziam que o pai dele era um incubus, um espírito mau que tem relacionamento com mulheres enquanto dorme. 

As pessoas suspeitavam que a criança "diabólica" (Merlin) veio para ser um contra peso à boa influência que Jesus Cristo teve na terra. 

Merlin, felizmente, foi batizado cedo em vida, é contado que este evento negou o mal na natureza dele, mas os poderes do lado esquerdos ficaram intactos nele.


 A história original foi inventada para salvar a mãe dele do escândalo que teria acontecido presumivelmente a ligação dela com Morfyn Frych (o Sardento), Príncipe secundário da Casa de Coel, ato de conhecimento público.

A lenda nos conta que a retirada romana da Inglaterra e a usurpação do trono dos herdeiros legítimos, fez com que Vortigern fugisse da saxônia e fosse para Snowdonia, em Gales, na esperanças de construir uma fortaleza em uma montanha em Dinas Emrys onde ele poderia estar seguro. 

Infelizmente, a construção vivia desmoronando e os feiticeiros da casa de Vortigern lhe falaram que um sacrifício de uma criança órfã resolveria o problema. 

Uma pequena dificuldade foi isto pois aquelas tais crianças eram bastante difíceis de serem encontradas. Felizmente para a fortaleza de Vortigern, Merlin era conhecido por não ter nenhum pai humano e o disponibilizaram.

Antes que o sacrifício pudesse acontecer, Merlin usou os grandes poderes visionários dele e atribuiu o problema estrutural a uma piscina subterrânea no qual viveu um dragão vermelho e um dragão branco.

 O significado disto, de acordo com Merlin, era que o dragão vermelho representou os Bretões, e o dragão branco, os Saxões.

 Os dragões lutaram, dragão branco levou a melhor, no princípio, entretanto o dragão vermelho empurrou o branco para trás.

 O significado estava claro. Merlin profetizou que Vortigern seria morto e o trono seria tomado por Ambrosius Aurelianus, depois Uther, depois o grande líder, Arthur. Caberia a ele empurrar os Saxões para trás.

De acordo com a profecia, Vortigern foi morto e Ambrosius tomou o trono. Depois, Merlin parece ter herdado o pequeno reino do avô dele, mas abandonou as terras dele em favor da vida mais misteriosa para a qual ele se tornou tão bem conhecido (a vida druídica). 

Depois que 460 nobres britânicos foram massacrados na conferência de paz, como resultado do artifício saxônio, Ambrosius consultou Merlin sobre erguer um marco comemorativo a eles. Merlin, junto com Uther, levou uma expedição para a Irlanda para obter as pedras do Chorea Gigantum, o Anel do Gigante. 



Merlin, pelo uso dos poderes extraordinários dele, devolveu as pedras para um local, um pouco a ocidente de Amesbury, e os reergueu ao redor da sepultura da massa dos nobres britânicos. Nós chamamos este lugar Stonehenge.

Após a sua morte, Ambrosius teve como sucessor o seu irmão, Uther, quem, durante a perseguição dele a Gorlois, conheceu a esposa irresistível de Gorlois, Igraine (Ygerna ou Eigr em alguns textos), Uther voltou para as terras em Cornwall, onde foi pedir para Merlin ajuda-lo a possuir Igraine, e para Merlin ajuda-lo, Uther teve que fazer um trato com Merlin de que a criança que nascesse da união de Uther com Igraine fosse dada a Merlin para ele se torna o tutor da criança, Uther aceitou e foi ajudado por Merlin que o transformou na imagem de Gorlois. 

Uther entrou no castelo de Gorlois e conseguiu enganar Igraine a pensar que ele era o marido dela, e engravidou-a, concebendo ela uma criança, Arthur. Gorlois, no entanto não sabendo no que iria acontecer, saiu para encontrar-se com Uther no combate, mas ao invés, foi morto pelas tropas de Uther, enquanto Uther se passava por Gorlois.

Depois do nascimento de Arthur, Merlin se tornou o tutor do jovem menino, enquanto ele crescia com o seu pai adotivo, Senhor Ector (pseudônimo Cynyr Ceinfarfog). 

No momento definindo da carreira de Arthur, Merlin organizou uma competição da espada-na-pedra (a espada era Caliburnius e não a Excalibur, Excalibur veio após Arthur quebrar Caliburnius) pela qual o rapaz se tornou o rei. 

Depois, o mago conheceu a mística Dama do Lago na Fonte de Barenton (na Bretanha) e a persuadiu a presentear o Rei com a espada mágica, Excalibur. 

Nos romances, Merlin foi o criador da Távola Redonda, e esta sempre ajudando e dirigindo os eventos do rei e do reino Camelot. 

Ele é pintado por Geoffrey de Monmouth, ao término da vida de Arthur, acompanhando Arthur ferido para a Ilha de Avalon para a curar das feridas dele. Outros contam como tendo se apaixonado profundamente por Morgana, a meia irmã de Arthur, e ele concordou em lhe ensinar todos seus poderes místicos. 


Ela ficou tão poderosa que as habilidades mágicas dela "excederam" às de Merlin. Determinou que não seria escravizada por ele, e prendeu-o em um calabouço, uma caverna semelhantemente a uma prisão. 

Assim a ausência dele na Batalha de Camlann era no final das contas responsável pelo falecimento de Arthur.

É dito que a prisão e/ou o local onde ele está enterrado está em baixo do Montículo de Merlin na Faculdade de Marlborough em Marlborough (Wiltshire), a Drumelzier em Tweeddale (a Escócia), Bryn Myrddin (a Colina de Merlin) perto de Carmarthen (Gales), Le de Tombeau Merlin (a Tumba de Merlin) perto de Paimpont (Brittany) e Ynys Enlli (Ilha de Bardsey) fora a Península de Lleyn (Gales).

Esta é a Lenda de Merlin mas conhecida, tendo outras que diziam que ele era um louco que tinha o dom de prever as coisas que iriam acontecer e que vivia nas florestas como um selvagem. 

Senda assim Merlin é um dos seres mais enigmáticos que existiu, onde até hoje ninguém sabe se ele existiu mesmo ou se é apenas uma Lenda, o que se sabe são apenas fragmentos sobre ele, e estórias confusas, na qual não se consegue definir a sua identidade. 

Tendo momentos de total lucidez como um sábio (como o de aconselhar Arthur como reinar em perfeita harmonia e a de falar com os elementais) e outras como a de uma pessoa que deixou-se ser enganado pelo sentimento deixando de lado a razão (como o de ter se apaixonado por Morgana e ensinado a ela a sua arte). 

Isto faz com que ele seja tão enigmático e carismático ao mesmo tempo, onde até hoje quando se fala logo em mago, vem na cabeça Merlin.