Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

sábado, 6 de outubro de 2012

Os Bosques Sagrados - Nemetons

                                           

                                        Os Bosques Sagrados - Nemetons

Os bosques protagonizam inúmeras lendas, no princípio dos tempos serviram de templos sagrados para os rituais aos seres espirituais que ali habitavam.


 Estes bosques foram às origens da crença em bruxas, fadas, gnomos, ainda hoje, Países da Europa mantém as tradições mais puras, acreditando que a alma da árvore se ergue imponente em direção ao céu, fertiliza a terra e conecta os mortais com os espíritos.

Os Antigos Celtas cultuavam as árvores como verdadeiras deidades e muitos bosques eram considerados locais sagrados, onde seres divinos habitavam.


Para esta antiga civilização, as árvores eram o símbolo primordial da vida. Reza uma antiga lenda celta que o primeiro homem fora criado de um amieiro e a primeira mulher de uma sorveira.


Mas as árvores também eram um símbolo de morte e renascimento. Muitas transmitiam este poder quando, nos meses do Outono e do Inverno, perdiam suas folhas. 
A capacidade de brotar, florir e frutificar novamente, era visto com admiração e sacracidade.


Em certas regiões, caixões de madeiras eram feitos de troncos ocos.

 Diziam que o espirito daquela árvore podia guiar o morto ao outro mundo.

Os espiritos das árvores eram tão reverenciados, que os celtas acreditavam que plantando um broto, semente, ou estaca, no mesmo local onde a árvore mãe havia secado, alí permaneceria o espirito guardião da árvore.

Os celtas não tinham templos como outros povos europeus da época e eram nos bosques sagrados que os ritos e cerimônias eram realizados.
 Para eles, alí, em contato direto com a natureza e os espíritos das árvores e das florestas, é que podiam entrar em contato com o divino universal.

Os bosques eram a morada de seres encantados, fadas e outros elementais, por isso, deviam ser respeitados e temidos. Alguns locais, porém, deveriam ser evitados, pois eram lares de energias obscuras, onde somente alguns druídas, bardos e anciãos podiam entrar. Normalmente, eram lugares onde cresciam espinheiros, e os elementais do local podiam enfurecer-se voltando-se contra os intrusos.

Haviam também, nos bosques, os poços sagrados e, geralmente, quando necessitavam da água, os celtas amarravam uma oferenda na árvore mais próxima ao poço a fim de reverenciar o espírito guardião e os seres que alí estavam.


A palavra celta para bosque sagrado era "Nemeton", e os bosques de carvalhos eram, geralmente, os escolhidos para as reuniões e assembléias druídicas.

 A própria palavra druida sugere que o nome seja uma derivante de drus (carvalho) e seu significado seja "aquele que tem o conhecimento do carvalho". 

O bosques de carvalho seriam, portanto, os locais mais indicados na busca pela sabedoria.

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