Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Deusa Flidais



                                                FLIDIAS ou FLIDAIS 

Flidias é a Deusa celta da Sensualidade e Senhora das Florestas.


 Ela reúne os atributos da deusa Àrtemis com a sensualidade de Afrodite.Como Senhora das Florestas, ela cuida de todas as coisas silvestres e indomáveis da natureza e está associada ao Homem Verde. 

Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosque se árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, ele é a tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore.Mas Flidais também está associada aos animais, em especial ao gado e muitas vezes surge conduzindo uma carruagem puxada por oito cervos e chamava todos os animais da floresta de"seu gado". 

As acepções simbólicas do cervo (gamo) são numerosas, sendo a mais notável, a que o associa a Árvore do Mundo. Por seus chifres longos, que se renovam periodicamente, é comparado à Árvore da Vida. Assim, simboliza a fecundidade (à qual o ardor sexual não é estranho) e os ritmos do crescimento e renascimento. Um dos símbolos desta deusa é a corça,que está intimamente ligada com o feminino. 

Na mitologia grega ela era consagrada a Ártemis, que a caçava ou a usava para puxar sua biga. A beleza da corça vem do brilho extraordinário de seus olhos e este olhar é comparado muitas vezes ao de uma jovem. Além de sua graça e beleza, a corça simboliza a virgindade e pureza. 

Flidias tinha como símbolos também, a grama verde, as árvores e as nascentes das terras das florestas. Flidias era descrita como uma mulher altiva, forte e muito bela que apresentava cabelos dourados. O dourado não apenas define seu esplendor, mas também faz a consciência despertar. 

O domínio do consciente em Flidias não é espiritual e sim terreno, uma exaltação da mais alta pureza, que reluz como ouro. A deusa exemplifica os aspectos da natureza feminina que se manifestam na matéria.

 Beleza física, consciência integrada no corpo e capacidade de conectar emoções profundamente sentidas com relacionamentos. Todos estes atributos, como já dissemos, provém da associação de Flidias com as deusas Àrtemis e Afrodite. Flidias possuía uma vaca mágica cujo leite era capaz de alimentar diariamente centenas de guerreiros. 

A vaca mágica da deusa, como o resto dos animais de Outro Mundo na tradição irlandesa, possuía a pelagem totalmente branca, exceção feitas às orelhas, que eram da cor vermelha. 

Muito embora, não se têm conhecimento de quem seja o pai, Flidais teve três filhas: Bé Téite(Mulher Luxuriosa), Bé Chuille, a Senhora do Mundo Selvagem e também uma druidesa, e ainda, Fland, .

 Alguns autores relatam que Fland vivia sob as águas e seduzia os homens, levando-os para seu reino escuro e frio.

ARQUÉTIPO DA SENSUALIDADE  

Flidias, como deusa do amor e da sensualidade, apresenta um aspecto mutante e transformativo do feminino. Lendas nos contam, que realmente ela podia mudar de forma e transformar-se no que quisesse. E, quando seu arquétipo é ativado em nós, também vemos o mundo e nós mesmos sob uma luz diferente. Fluidos criativos são estimulados, e as fronteira sou limites racionais são impelidos para o domínio do irracional, digamos, quase animal.

 Novas atitudes precedem certo excitamento, e a própria vida adquire novo significado Mudanças bem-vindas prosseguem de mãos dadas com atitude criativa da assunção de riscos.A mulher que vem conhecer a Deusa das Florestas cresce na compreensão do aspecto divino de sua natureza feminina.

 Ela é guiada por suas mais profundas necessidades, por idéias e atitudes que vêm de dentro. Ela não será contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Isto acontece, porque Flidias é a floresta virgem, que é livre e espontânea, grávida de vida, de acordo com as leis da natureza. É intocada pelas leis dos homens.

A mulher que tem consciência desta deusa, cuida de sua alimentação, faz exercícios e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Mas não se trata aqui de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina.

 Sua beleza viva deriva da relação que tem consigo mesma. Esta mulher é virginal, mas isso nada tem a ver com um estado físico, mas com uma atitude interior. Ela não é dependente das reações dos outros para definir seu próprio ser. 

A mulher virginal não é apenas o reverso do homem, seja ele pai, amante, ou marido. Ela mantém-se em pé de igualdade em relação aos seus direitos. Não é governada por idéia abstrata do que ela"deveria" ser ou "do que as pessoas vão pensar". Ela é verdadeira para com sua natureza e seu instinto.

ARQUÉTIPO DA NATUREZA

Flidais, como arquétipo da natureza, nos ensina que é a união que completa o ciclo. Assim como a semente é plantada na Primavera, cresce no Verão, e se faz a colheita no Outono,cada geração desova as sementes para a próxima geração. Devemos prestar muita atenção no plantio de nossas sementes, para que possamos ser recompensados com uma colheita generosa.

A tecnologia já nos trouxe muito conforto e nos mostrou muitas coisas no sentido científico,mas agora è tempo de nos voltarmos para a humanidade e para a conservação do planeta,incluindo seu relacionamento com o divino. 

Hoje, a ciência e a espiritualidade estão começando a integrar-se como um todo.Nosso relacionamento com a natureza é o coração da nova integração encontrada pela ciência e espiritualidade. 

Pessoas e árvores já não podem ser mais cortadas para atender às necessidades da tecnologia e das corporações, em busca do progresso científico. Já é hora de trabalharmos em cooperação com cada um e com a natureza.

Flidais tem muita magia e gosta de pós e poções com gliter.

Quando invocá-la use incenso de ervas e deixe um copo com água ao lado. Peça-lhe socorro nas direções, peça-lhe que lhe ensine a ser bela e sensual. Quando precisar buscar algo, seja um emprego ou um amor ou até uma idéia para um feitiço, assim como metas e proteção.

"Linda Flidais, senhora das Florestas, vinde ao meu encontro, chega perto de mim. Pegue minha mão e guie meus caminhos, cura-me com ervas, remove meus espinhos. Senhora Flidais, afasta aqueles que me querem mau, me ensina a pular as pedras, acender a fogueira que da luz, o amor divino e faz-me bela (belo) como vós. "

Para cura de animais, invoque sempre Flidais. Ela virá em consolo, trará o auxílio, guiará os espíritos. Peça sempre a Flidais que todas as questões com animais ela irá solucionar.

sábado, 6 de outubro de 2012

Os Bosques Sagrados - Nemetons

                                           

                                        Os Bosques Sagrados - Nemetons

Os bosques protagonizam inúmeras lendas, no princípio dos tempos serviram de templos sagrados para os rituais aos seres espirituais que ali habitavam.


 Estes bosques foram às origens da crença em bruxas, fadas, gnomos, ainda hoje, Países da Europa mantém as tradições mais puras, acreditando que a alma da árvore se ergue imponente em direção ao céu, fertiliza a terra e conecta os mortais com os espíritos.

Os Antigos Celtas cultuavam as árvores como verdadeiras deidades e muitos bosques eram considerados locais sagrados, onde seres divinos habitavam.


Para esta antiga civilização, as árvores eram o símbolo primordial da vida. Reza uma antiga lenda celta que o primeiro homem fora criado de um amieiro e a primeira mulher de uma sorveira.


Mas as árvores também eram um símbolo de morte e renascimento. Muitas transmitiam este poder quando, nos meses do Outono e do Inverno, perdiam suas folhas. 
A capacidade de brotar, florir e frutificar novamente, era visto com admiração e sacracidade.


Em certas regiões, caixões de madeiras eram feitos de troncos ocos.

 Diziam que o espirito daquela árvore podia guiar o morto ao outro mundo.

Os espiritos das árvores eram tão reverenciados, que os celtas acreditavam que plantando um broto, semente, ou estaca, no mesmo local onde a árvore mãe havia secado, alí permaneceria o espirito guardião da árvore.

Os celtas não tinham templos como outros povos europeus da época e eram nos bosques sagrados que os ritos e cerimônias eram realizados.
 Para eles, alí, em contato direto com a natureza e os espíritos das árvores e das florestas, é que podiam entrar em contato com o divino universal.

Os bosques eram a morada de seres encantados, fadas e outros elementais, por isso, deviam ser respeitados e temidos. Alguns locais, porém, deveriam ser evitados, pois eram lares de energias obscuras, onde somente alguns druídas, bardos e anciãos podiam entrar. Normalmente, eram lugares onde cresciam espinheiros, e os elementais do local podiam enfurecer-se voltando-se contra os intrusos.

Haviam também, nos bosques, os poços sagrados e, geralmente, quando necessitavam da água, os celtas amarravam uma oferenda na árvore mais próxima ao poço a fim de reverenciar o espírito guardião e os seres que alí estavam.


A palavra celta para bosque sagrado era "Nemeton", e os bosques de carvalhos eram, geralmente, os escolhidos para as reuniões e assembléias druídicas.

 A própria palavra druida sugere que o nome seja uma derivante de drus (carvalho) e seu significado seja "aquele que tem o conhecimento do carvalho". 

O bosques de carvalho seriam, portanto, os locais mais indicados na busca pela sabedoria.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cruz de Odin ou ( Cruz Solar )


                                                         Cruz de Odin ou ( Cruz Solar )

A cruz solar é provavelmente o símbolo espiritual o mais antigo no mundo, aparecendo na arte religiosa asiática, americana, européia, e indiana.


Representa o calendário solar e seus movimentos, marcados pelos solstícios (a swastika é também um formulário da cruz solar, enfatizando o movimento.)

Norte da Europa esta cruz é conhecida como a cruz de Odin e de Wodan.

 É freqüentemente usada como um emblema dos Asatrus (Religião que cultua o Panteão Aesir, de deuses nórdicos).

No budismo ela é conhecida como a roda da Vida, a roda de Samsara, (perambulação) que determina o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos.

Nos Arcanos Maiores do Tarot, a carta número 10 também encontra analogias neste símbolo, sendo que como um símbolo solar o número 10 na Kaballa possui a guematria da Letra YOD

Muitos a conhecem também por "Chalice Well", devido à História do Rei Arthur, que achava que o poço do Santo Graal tinha essa imagem no fundo. 


Para os celtas o círculo significa o infinito e a cruz, ao se estender para os lados, simboliza os Quatro Grandes Festivais Celtas: Samhain, Imbolc, Beltane e Lughnasadh.