A cruz celta tem estado em evidência desde que o cristianismo começou a se espalhar pelas Ilhas Britânicas.
Ela geralmente tem a aparência de uma cruz cristã coberta com nós celtas entrelaçados.
Os braços da cruz são conectados por um círculo perfeito, também geralmente decorado com nós celtas.
Contudo, a cruz celta não representa somente o cristianismo.
Em sua essência, a cruz celta é uma combinação de crenças cristãs e druídicas, uma combinação que foi tão necessária quanto prática.
A lenda mais famosa explicando as origens da cruz celta tem a ver com São Patrício, um padre católico irlandês que assumiu a conversão dos pagãos celtas ao cristianismo.
A lenda conta que um dia, enquanto ele pregava para um grupo de pagãos irlandeses, ele desenhou uma cruz cristã sobre um menir, então desenhou um círculo ao redor dela para representar a deusa celta da Lua.
Isto mostrou aos pagãos que São Patrício estava disposto a combinar e tolerar a fé deles se eles estivessem dispostos a aceitar Cristo como seu Deus e se converterem ao cristianismo.
A história conta que esta tática deu certo e que o símbolo da cruz com círculo começou a se enraizar.
Apesar das histórias de como a cruz celta veio para combinar os símbolos pagãos e cristãos, muitos cristãos veem o círculo como um símbolo do amor eterno de Cristo envolvendo o símbolo de seu sacrifício a seus seguidores.
Outros acreditam que o círculo representa a aura de luz que cerca as cabeças do divino.
Ele também pode representar a existência eterna da promessa de Cristo de salvação e do Céu para aqueles que acreditam nele e em seu sacrifício.
Muitos símbolos cristãos e pagãos se alternam entre os sistemas de crenças, especialmente em lugares onde paganismo e cristianismo coexistiram por longos períodos de tempo, como nas Ilhas Britânicas.
A cruz celta não é exceção. Como um símbolo pagão, a cruz geralmente geralmente tem quatro braços com comprimentos iguais que representam os quatro principais elementos: terra, ar, fogo e água.
O lugar onde os braços se cruzam representava o quinto elemento do espírito.
De acordo com Fantasy Ireland, os braços também representam as quatro partes sagradas do ser humano: mente, alma, coração e corpo, com o centro ainda representando o espírito.
A cruz também era um símbolo celta de proteção, que se acreditava bloquear a negatividade e prevenir ataque físico.
O círculo ao redor da cruz representa tanto a deusa da Lua em sua forma mais plena ou o deus sol; às vezes, ele representa ambos, englobando as divindades masculinas e femininas do céu.
Apesar de nem sempre ser retratada deste jeito, a maioria das cruzes celtas também é recoberta com complicados padrões de nós celtas.
Pouco se sabe sobre estes nós e seu simbolismo, apesar de que, de acordo com Celt Arts, eles podem ter sido um tipo de linguagem do povo celta.
Eles aparecem em muitas estruturas celtas, menires, dentro de câmaras mortuárias e em roupas.
Aqueles retratados na cruz celta geralmente formam um tríscele com três pontas no final dos braços.
Alguns desenhos combinam nós celtas com símbolos históricos, como uma pomba onde se cruzam os braços e um cálice na base da cruz com os nós fluindo para ele para representar o caminho do sangue de Cristo.
A cruz celta moderna aparece em incontáveis peças de jóias como pendentes e braceletes, como decoração para peças de roupas e em capas de muitas Bíblias.
No mundo antigo, a cruz celta era geralmente esculpida em pedra.
Algumas cruzes eram esculpidas em um menir, deixando o resto da pedra intacta.
Outras eram esculpidas em uma pedra, com ela sendo entalhada para deixar apenas a cruz.
Muitos exemplos destas peças ainda podem ser encontradas hoje na Irlanda e no resto do Reino Unido.