Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

sábado, 30 de junho de 2012

A Lendária Excalibur


A lendária Excalibur, a espada do Rei Artur, dita que poderia cortar aço e dotada de poderes místicos. 

Em galês, é conhecida como Caledfwlch.

 Segundo o poema Merlin, de Robert de Boron, a Excalibur é a espada da lenda da Espada na Pedra, na qual uma misteriosa espada apareceu transpassada em uma pedra e apenas o rei de toda Britannia por direito, poderia retirá-la.


Já no épico Suite du Merlin, Excalibur foi entregue ao Rei Artur pela Dama do Lago, quando sua espada original foi destruída em uma batalha contra o Rei Pellinore.

Quinze anos depois do nascimento de Arthur (que era filho da união ilegítima entre Pendragón e Igraine, então esposa do Duque de Tintagel), o rei Uther morreu sem ter dado ao reino um herdeiro, e os feudais começaram uma disputa entre si para a obtenção do Trono.


 Merlin, então, solicitou ao bispo que interviesse junto aos feudais para uma trégua e para a convocação de um torneio nas proximidades do Templo.

Todos concordaram e, ao chegar ao local, depararam-se com uma pedra branca que continha uma placa de metal, da qual sobressaía uma fascinante Espada. 

Ao pé, uma inscrição dizia que aquele que pudesse retirar a Espada seria o próximo rei da Grã-Bretanha. 

Todos os nobres tentaram, mas sem êxito, e assim foram preparar-se para o torneio.

Arthur, que era um adolescente, havia concorrido com Kay e Sir Hector. 


Kay esqueceu sua espada na tenda. Arthur foi buscar a espada para Kay e não a encontrou.

 No regresso, viu a Espada encravada na pedra e sem ler a inscrição, retirou-a e a levou para Kay.

Sir Hector, conhecendo a procedência de Arthur, ordenou que a Espada fosse colocada de novo na pedra e pediu a Kay que a retirasse. 

Ele não conseguiu. Em seguida, fez o mesmo pedido a Arthur, que voltou a retirá-la sem nenhum esforço. 

Assim, Sir Hector comunicou que Arthur era o filho legítimo do rei Uther e em consequência seu sucessor e, junto à Kay, ajoelhou-se e jurou ser seu leal vassalo.

Os senhores feudais tinham dúvidas. Alguns aceitaram, outros não. 


Arthur, confuso, pediu conselhos a Merlin, e este lhe respondeu que já era um rei, mas para sê-lo realmente, deveria ganhar a confiança de seu povo por meio de suas próprias ações.

Com a ajuda do mago, Arthur conseguiu reunir todos os condados em um só reino, e durante uma das campanhas, conheceu a mulher que iria assumir um relevante papel no desenlace do relato: Guinevere.

A lâmina de metal que surgiu da Espada indica o material, enquanto a Espada indica o espiritual, atuando sobre a matéria.

 A matéria é o próprio indivíduo - Arthur - que recebe o Verbo como precioso dom, pois é puro (a pedra branca). 


A submissão de Sir Hector e de Kay representam a nobreza e o amor que acompanham toda a evolução espiritual. 

As posições antagônicas dos senhores indicam o conflito interno de Arthur: ser ou não ser.

 O conflito entre o ser pagão e o ser cristão. 

Por isso, Merlin o aconselhou colocar-se à prova; e já tinha sua arma: a Palavra de Deus, que de seu bom emprego dependeria seu sucesso, o exercício real do seu cargo .

Camelot


Camelot era o reino do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Ele foi criado depois que Arthur conseguiu expulsar os saxões de sua terra, ganhando com isso a aliança dos inimigos.

 Antes, Arthur morava no Castelo de Tintagel, onde era a base de seu reino. Em Camelot, Arthur construiu a sala da Távola Redonda e foi aí que começou a ser criada a ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda (que eram todos os homens feitos por Arthur). 

O local era em cima de uma montanha, rodeado por um lago e muito fortificado visto que a altura facilitava a visão da guarda. Foi ali que Arthur conseguiu a felicidade e a calmaria.

Camelot seria o reino onde Arthur estabelecera sua corte, mas onde ficava Camelot e de onde teria surgido este nome?

Supõe-se que o nome Camelot, referindo-se à suposta capital de Arthur, tenha sido dado pela primeira vez, no século XII, pelo romancista francês Chrétien de Troyes. Não há nenhuma garantia histórica sobre a existência de tal capital e essa idéia só entra na história depois que o general Arthur se transformou mitologicamente na figura do rei. 

Acredita-se que Camelot seja uma corruptela francesa para Camalodunum, nome romano de Colchester. Em 1542, um antiquário chamado John Leland visitou a colina de Cadbury, em Somerset, que os habitantes chamavam de Palácio de Arthur, e ficou realmente convencido de que lá ficava a Camelot de Arthur, o que levou a chamá-la de Camelot e interpretar erroneamente o nome da vila vizinha de Queen’s Camel, dizendo que originalmente poderia Ter-se chamado Queen’s Camellat. 

Essa associação infeliz ocultou as pretensões de Cadbury ser a verdadeira fortaleza de Arthur.
Cadbury, próxima a Glastonbury, é um monte de 75 metros de altura cujo topo se estende por 8 hectares. O monte é cercado por quatro elevações, uma acima da outra, remanescentes de antigas obras de defesa.

Em 1960, provou-se que o local foi habitado entre 500 e 400 a.C.; que os romanos a encontraram ocupada, massacraram alguns de seus habitantes e removeram o restante para o nível do solo; e que mais tarde desmantelaram o forte e aplainaram o topo da colina.

 Outro estágio das escavações arqueológicas revelou que a colina havia sido fortificada em 470 d.C., fato provado pela presença, nos muros e pilares, de fragmentos de cerâmica do estilo Tintagel do século V.

Os locais foram sugeridos para a capital de Arthur, como Caerlon-on-Usk, no País de Gales, mostrado nos textos de Godofredo de Monmouth.

 O patrono de William Caxton, que editou a versão de Malory da lenda de Arthur, afirmava que existia uma cidade de Camelot, no País de Gales, que parecem ser os remanescentes romanos de Caerleon. Já Malory identificava Camelot como sendo a atual Winchester. 


No entanto, parece que as maiores evidências são para a Colina de Cadbury como a fortaleça de Arthur, já que esta servia perfeitamente como quartel-general para alguém que estivesse lutando no sudoeste da Inglaterra, em uma batalha travada no perímetro da planície de Salisbury.

domingo, 10 de junho de 2012

Benção Celta


 
                                                
     BENÇÃO CELTA

No dia que o peso apoderar-se dos teus ombros, e tropeçares, que a argila dance, para equilibrar-te!

E, quando teus olhos congelarem, por trás da janela cinzenta,
E o fantasma da perda chegar a ti...
Que um bando de cores, índigo, vermelho, verde
E azul celeste, venha despertar em ti,
Uma brisa de alegria.

Quando a vela se apagar no barquinho do pensamento,
e uma sensação de escuro estiver sobre ti,
que surja para ti, uma trilha de luar amarelo,
para levar-te a salvo pra casa.

Que o alimento da terra seja teu!
Que a claridade da luz te ilumine!
Que a fluidez do oceano te inunde!
Que a protecção dos antepassados,
esteja com você!

E assim...
que um vento teça essas palavras de amor á tua volta,
num invisível manto, para zelar por tua vida, onde estiveres.

Que assim seja!!
E assim se faça.