Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Morgana


Morgana era a irmã mais velha de Arthur. Filha de Igraine e Gorlóis da Cornualha.

 Ela foi criada em Avalon como uma sacerdotisa, segundo as ambições de Viviane, sua tia, Morgana seria a próxima Senhora de Avalon, ela tinha a linhagem real e era muito aplicada à Deusa e aos seus ensinamentos. 


Mas, depois da Cerimônia do Gamo-Rei, onde Morgana foi dada ao seu irmão Arthur em nome da Deusa, ela se aborreceu com Viviane e com o que foi obrigada a fazer e abandonou Avalon indo morar com Morgause e depois  para a corte de seu irmão.


Morgana também era apaixonada por Lancelot, mas este nunca a quis por ela ser sua prima e por ver em Morgana sua mãe Viviane. 

Morgana armou o casamento de Lancelot, e, com isso, afastou-o de Guinevere se vingando de tudo que sofrera até então. 

Morgana teve um filho com o rei Arthur (Gwydion ou Mordred) que depois de muito tempo voltou para Camelot e se tornou o conselheiro de Arthur até virar o grande herdeiro do trono depois da morte do filho de Lancelot.


Morgana foi expulsa de Camelot depois de roubar a bainha mágica de Excalibur e jogá-la no lago sagrado. Morgana não concordava com a transformação de Camelot num reino cristão e lutou com todas as suas forças para derrubar Arthur do poder. 

Ela fracassou em todas as tentativas dessa sua luta pessoal e perdeu com isso a amizade dos poucos que gostavam dela, 

Acolon, um consorte dela, morreu tentando derrubar o rei para Morgana, isso a deixou muito abalada e fez com que ela se exilasse em Avalon para a eternidade.

 Morgana morreu velha em Avalon que se perdeu para sempre nas brumas.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Povo das Fadas



Os celtas acreditavam que o festival  de Beltane era regido pelo Povo das Fadas, ajudantes da Mãe Terra em sua tarefa de florescer e frutificar.

É o tempo em que as fadas retornam de seu descanso de inverno, despreocupadas, risonhas e loucas por brincadeiras.


 Na noite anterior a esta festa, em tempos muito antigos, as pessoas colocavam ramos de macieiras nas portas e janelas de suas casas para protegerem-se de fatos inesperados que ocorriam naquela noite e que, na maioria das vezes, não tinham uma explicação racional.

Na Irlanda se acreditava que a comida que sobrasse da celebração não devia ser ingerida e deveria ser oferecida às fadas.


Há muitas tradições em relação à festa, inclusive fala-se de uma lenda que conta que na noite de Beltane quem se sentar embaixo de uma árvore poderá ver a Rainha das Fadas cavalgando em seu corcel branco ou ouvir os cascos de seu cavalo cruzar as montanhas durante a noite.


Uma lenda arturiana, afirmava de Guinevere (Ginebra), considerada por muitos como descendente dos duendes, cavalgava nesse dia para recolher plantas verdes e flores de espinheiro.

Oferendas ao Povo das Fadas:Usar fitas nas cores: laranja para prosperidade, rosa para amor, verde para abundância, amarela para cura, vermelha para proteção, preto para afastar o mal.


Se trata de uma época muito mágica, pois se diz que entre os dois mundos (humanos e das fadas) há uma linha muito tênue que os separa e qualquer um que adormeça embaixo de um espinheiro no primeiro de maio corre o risco de ser seqüestrado pelos duendes ao passar acidentalmente para o seu mundo.


Deixavam-se oferendas para o Povo das Fadas, pedindo-lhes a abertura da visão sutil e o conhecimento do uso magico das ervas e pedras.

Atividades para Litha ( Solstício de Verão )



Litha é o melhor momento para fazer rituais na praia, ao ar livre, praticar divinação e brincadeiras, assim como cantar em homenagem aos Deuses Antigos, dançar e contar histórias em volta da fogueira.
Essa é a noite do Poder Mágico.

Correspondência de Litha

Cores: laranja, amarelo, verde, azul, branco.
Deuses: todos os Deuses Solares e Deusas da fertilidade.
Ervas: sálvia, menta, basílico, cebolinha, salsa, alecrim, tomilho, hissopo, madressilva, urze vermelha, urze branca, lavanda, samambaia, visco, verbena, musgo, íris, sorveira, carvalho, abeto, pinheiro, sementes de anis, aveleira.
Pedras: rubi, diamante, conchas do mar, quartzo branco, âmbar, citrino, olhos-de-gato, topázio amarelo, turmalina amarela, peridoto, cornalina, calcita.

Atividades: 

Pular uma Fogueira, um Caldeirão com chamas ou uma vela.

Pintar Runas e outros símbolos mágicos em pedaços de madeira, conchas, papel, pedras; consagrá-los e pendurá-los em suas portas e janelas para proteção.

Colher ervas e plantas mágicas nesse dia.

Fazer um Bastão Mágico.
Fazer uma Cruz Solar e pendurá-la no seu jardim ou porta, decorá-la com elementos da Natureza.

Fazer uma Coleira de Bruxa (Witch’s Ladder) que represente a necessidade que você precisa alcançar.

Acender velas, fazer oferendas e libações ao Povo das Fadas.
Pendurar ervas na lareira, sala e cozinha para secarem.



Comidas e Bebidas 
Sagradas do Sabbat: 

Frutas frescas, vegetais frescos, patê de ervas, pães de cereais, vinho, suco, cerveja e água.

Fazendo um Roda Solar :

A Roda Solar é utilizada desde tempos remotos como símbolos do Sol.


É especialmente feita em Litha para representar o apogeu do Sol e colocada na Natureza como oferenda aos elementais ou pendurada em nossa casa como um amuleto protetor. 



Para fazer uma Roda Solar você vai precisar de: ·

Galhos e ramos maleáveis,
Fitas e símbolos mágicos relacionados à proteção.

Entrelace os ramos maleáveis fazendo uma circunferência.
No interior dessa circunferência estabeleça uma linha vertical, utilizando mais galhos e ramos.



 Faça uma linha horizontal, cruzando a vertical, formando assim uma cruz de braços iguais dentro da circunferência.

Enfeite sua Roda Solar com as fitas e os símbolos escolhidos.


Pendure-a em uma árvore, numa porta ou parede de sua casa, enquanto diz:

Pelo Terra e pelo Ar,
Pelo Fogo e pela Água,
Esta Roda Solar será pendurada.
Que Ela possa me proteger e todo o mal afastar
E que a Deusa e o Deus possam me abençoar.
Pela força e pela Magia e pelos poderes das Graças,
Que assim seja e que assim se faça!

sábado, 26 de novembro de 2011

Litha (Solstício de Verão)


No solstício de verão, o Sol está em seu ápice; ele mantêm o seu maior brilho e elevação. O meio de verão, como é chamado, é celebrado pelas bruxas e bruxos pela sua abundância e plenitude no ano, trazendo fetilidade à Terra.

Litha (pronuncia-se “líta”), é celebrado por volta de 22 de dezembro no hemisfério sul e por volta de 22 de junho no hemisfério norte (verifique a data correta anualmente). É o dia mais longo do ano, mas que também representa o declínio do Deus Sol. A partir deste dia, os dias vão ficando cada vez mais curtos, até chegarem ao ápice da escuridão no solstício de inverno. Por isso o solstício de verão era um marco que assinalava o início da metade escura do ano, ao contrário do solstício de inverno.

O solstício de verão é tanto um festival de fogo quanto um festival da água; o fogo sendo um aspecto do Deus e a água um aspecto da Deusa. O festival desenvolveu-se menos e tardiamente nos países celtas, pois estes não eram originalmente de orientação solar. Muitos dos costumes sobreviveram até os tempos modernos, como rolar colina abaixo uma roda pegando fogo. Como acontece em Beltane e em Samhaim, a fogueira é destituída de grande poder mágico.

A Deusa e o Deus estão no êxtase de sua união e vemos a Natureza cheia de frutos e flores belos. É o ápice do amor passional entre ambos; a Deusa reina como a Rainha do Verão e o Deus aproveita seu auge, pois depois começará o seu declínio até renascer no inverno.

Devemos nos lembrar que a mudança é a essência da vida, pois tudo carrega dentro de si a semente do seuoposto. O Sol está com seu poder no auge, mas a partir daí começa a decair. Vida e morte fazem parte de todos os aspectos na Natureza e em nossas vidas.

Para bruxas e bruxos modernos, o fogo é um aspecto central do festival do solstício de verão, assim como é em Beltane. Mas o caldeirão também é usado neste sabá, cheio de água, para representar a abundância da Deusa, e também nos remeter ao caldeirão de Cerridwen.
Outros povos antigos também festejavam a abundância do verão com festivais semelhantes: Vestália (Roma), Dia dos Casais (Grécia), Festa de Epona (País de Gales), Thing-Tide (Escandinávia), Alban Heflin (tradição anglo-saxã) ou a Dança do Sol (nativos norte-americanos).

Por causa do solstício, existem os trópicos de Câncer e Capricórnio. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à terra na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer.

Alguns antigos costumes do Solstício de Verão

- Na Europa, as celebrações deste sabá foram absorvidas pela festa cristã de São João, cujo nome originou-se da erva usada com fins curativos e mágicos, como proteção ou para proporcionar sonhos e presságios.

As homenagens aos seres da Natureza ou às divindades naturais também foram sbstituídas pelas populares e folclóricas festas juninas.


- Antigamente, os casamentos eram celebrados em junho para garantir-se a fertilidade, sendo esta uma data muito propícia, embora diferente de Beltane, que era reservada aos ritos de fertilidade e ao Casamento Sagrado das divindades.










Os celtas e sua relação com a natureza



Como os celtas se relacionam com os elementos da natureza ? É uma religião xamãnica?

A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza. Levavam sempre em consideração a Roda do Ano (estações), os elementos da natureza, os pontos cardeais, o Sol, a Lua, e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava.

Eles reconheciam a energia dos elementos da natureza. A terra, o ar, o fogo, e a água são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas.

É o que chamamos de energia elemental, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza.
As pedras, por exemplo, eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas.
Toda a Bretanha, Irlanda e Grã-Bretanha possuem pedras verticais espalhadas por diversas regiões, com tamanhos diversos. Os celtas se relacionavam com os elementos e com os seres elementais em seu cotidiano e em rituais de magia.

A própria mitologia celta nos dá provas disso quando relata histórias nas quais os heróis se perdem no Outro Mundo, repleto de seres elementais.

A religião celta possui algumas características xamãnicas, pois estava sempre em contato com a natureza e os seus espíritos. Para eles, por exemplo, os animais possuem dons especiais para a cura e sempre nos dão grandes lições de vida. Animais totêmicos representavam a tribo e serviam como proteção.

O ogham, alfabeto celta utilizado pelos druidas, é conhecido como alfabeto da árvore, no qual cada letra representa uma árvore com energia e características específicas.

Os druidas, como os xamãs, recebiam revelações por sua interação com o Outro Mundo, praticavam a adivinhação e faziam o uso do tambor, da dança e do cogumelo amanita buscaria em seus rituais.

Extraído da revista Sexto Sentido 44; 34-39

O papel da magia e da mulher na sociedade celta


Ana Elizabeth se formou em História e Estudos Sociais e há anos vem pesquisando as religiões e a magia dentro dos ciclos da humanidade.

Diz que foi atraída para a cultura celta pelo fato de que quando se fala em magia, principalmente no mundo ocidental, sempre existem referências a esses povos. 


Então, teve a idéia de escrever um livro com embasamento histórico e que contivesse as práticas e rituais de magia desse povo.

Qual o papel da magia na sociedade celta? 


Como a magia surgiu e se desenvolveu na sociedade celta?


Acredito que tudo foi se desenvolvendo de uma forma espontânea. 

Historicamente, foi através da observação da natureza que o homem criou a religião, passou a crer e a confiar em deuses, em energias superiores que pudessem protege-los em situações nas quais se sentia impotente.

O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo. 


Para os celtas, os mundos físico e espiritual eram um único mundo; não havia separação entre o natural e o sobrenatural.

Eles enalteciam o universo natural, reconheciam seu valor na sua energia. 


A sua mitologia e religião estavam centraliza, representando o amor, a morte, a sexualidade e a fertilidade.

O celta percebia que todo homem pertence à grande teia da natureza, e que a vida é uma sucessão de novas experiências e descobertas.


 Alguns lugares eram considerados sagrados por possuírem uma energia especial, da mesma forma que algumas épocas do ano (estações) eram festejadas com os famosos sabás.

Pode-se dizer que a magia sempre esteve presente no cotidiano celta e podia ser praticada por qualquer um, apesar da existência dos druidas, sacerdotes organizados num clero.



Alguns autores e pesquisadores se referem à sociedade celta como matriarcal; outros não concordam com esse ponto de vista. 

O que você pensa a esse respeito !

Acredito que talvez o melhor termo a ser empregado é a de que a sociedade celta era semipatriarcal. Você pode achar estranho o termo, mas não é.


 Perceba que o povo era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druida, e que esse povo tinha suas crenças religiosas ligadas à natureza, à Mãe Terra. 

Para o celta, a mulher era especial, e muito, porque era associada à Mãe Terra.

As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual, o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas. 


Vou dar um exemplo: Dergflaith era um dos nomes célticos dado à menstruação, e significava “soberania vermelha”.

O vermelho representava soberania, poder, vida. Pense então nos mantos vermelhos dos reis.


 A menstruação tinha conotação de sagrado, porque acreditavam que a mulher se tornava ancorada e enraizada nesse período. 

Nos períodos de menstruação, as mulheres se isolavam numa cabana ou se dirigiam à floresta, compartilhavam sobre os problemas da tribo.



Outro ponto que pode ilustrar o poder feminino se refere ao ritual religioso e mágico hieròs-gámos (casamento sagrado), no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes.

Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião.


 Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro. 

Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal. 

Há ainda uma coisa importante para se dizer com relação a concepção de união eterna e fidelidade, nem de traição.

No casamento, previligiava-se o amor, ao mesmo tempo em que o casamento era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divórcio. 


São concepções interessantes para uma época tão distante porque, na verdade, a mulher celta era tudo o que a mulher de hoje “briga” muito por ser.

Extraído da revista Sexto Sentido 44; 34-39

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Imbolc


Imbolc / Candlemas / Brigid - Lua nova-crescente de agosto (HS)

Imbolc ou Candlemas ocorre entre o Solstício de Inverno e o Equinócio da Primavera. Com a aumento da força do Sol temos a promessa da chegada da Primavera.

A palavra Imbolc significa “no leite”, pois nesse período as ovelhas, vacas e cabras entravam em seu período de lactação e começavam a produzir leite. Isso era um indício claro da chegada da Primavera.

Em Imbolc a Deusa Brigida, Senhora do Fogo, da vida, do conhecimento, da poesia e das fontes sagradas era honrada por todos os Celtas.



Este Sabbath originou-se na antiga Irlanda, nas comemorações da Deusa Brighid, Brigid ou Brigith, homenageada como a "Noiva do Sol". Apesar de estarem no auge do inverno, este festival era dedicado ao aumento da luz e ao despertar das sementes enterradas na terra congelada. Na Roda do Ano, Imbolc é o oposto de Lughnasadh e festeja a Deusa como Donzela.

Imbolc ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a Purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brígida e seu santuário foi transformado em um mosteiro de monjas.

Brigidh ou Bride (pronuncia-se Bríd), era uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou ativavam o Fogo Criador. As lendas celtas descrevem-na como a Deusa em sua apresentação de Donzela tocando, com seu Bastão Mágico, a terra congelada pelo Cajado da Anciã, despertando-a para a vida e aumentando a luz do dia.


Imbolc é o momento ideal de banirmos todos os remorsos e culpas (sentimentos associados ao Inverno) e planejarmos o futuro para o próximo ano. Esse é um dos Sabbats mais poderosos, pois traz uma mudança pessoal profunda e transformadora. É tempo de limpar, lavar e purificar e se preparar para o crescimento e a renovação.



                Ritual de Imbolc para praticantes solitários


Seguem algumas dicas para a celebração deste sabbat. Logo abaixo você confere uma sugestão de ritual mais elaborado, para quem segue uma linha mais cerimonial.



- Imbolc é tempo de purificação: limpe sua casa, seu corpo, seus armários, doe o que não usa mais, presenteie as pessoas queridas com objetos que elas possam gostar etc.


- Faça você mesma sua cruz de Brigit e pendure-a sobre a porta da cozinha, onde ocorre a transformação dos alimentos. Somos o que comemos, portanto, abençoe sua comida.
- Doe comida para moradores de rua. Cozinhe para a sua família e celebre a volta da fartura após o inverno. Guarde um pouco para os pobres; não custa nada.
- Crave na porta de sua casa um triskle, símbolo da Deusa Tríplice, para que abençoe e proteja seus entes familiares e seu lar.


Se você deseja um ritual mais elaborado para celebrar este festival, segue uma sugestão para praticantes solitários.
Arrume o seu altar de acordo com a ocasião. Coloque a sua roda de velas no centro do altar. Ao lado, coloque a sua coroa de velas (se você for mulher). Acenda um incenso de manjericão, violeta, mirra, limão, camomila, benjoim, sálvia, rosas ou calêndula. Coloque seu cálice com leite ou água sobre o pentáculo. Decore o altar com muitas flores brancas.


Lance o círculo mágico da maneira como está acostumada, cantando alguma música de putificação que você tenha feito ou alguma outra que você goste (veja a seção de cânticos sagrados). Enquanta canta, vá varrendo toda área do círculo. Quando achar que já foi o suficiente para purificar o local, faça a seguinte invocação:




Brigit, filha de Danu
Brigit do fogo, da água e da inspiração
Toque sua harpa que é o instrumento de nossas vidas
Que eu ouça sua canção assim como todos os seres.

Acenda as velas da coroa e vista-a. Acenda as velas da roda e, a cada vela acesa, faça um pedido. Então diga:


Com as luzes eu abro caminho para         que a Primavera chegue
O Sol cresce cada vez mais e a esperança está viva.
Contemple as flores sobre o altar e diga:
Eu ofereço estas flroes à Donzela
Eu honro os espíritos da Natureza
O solo fica fértil e é terreno para novas sementes
Que nós sejamos todos abençoados.

Pegue seu cálice e eleve-o, dizendo:
Eu honro a Deusa Virgem e a luz crescente do Sol.


Beba o seu conteúdo, fazendo uma libação aos deuses. Entoe canções a Brigit ou leia algumas poesias inspiradas em voz alta. Canta, dance, festeje. Quando terminar, agradeça aos deuses e aos quadrantes, destraçando o círculo.